quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Mensagem de final de ano


Passagem de comando do 3.º RCC marca início de 2011

Ten Cel Piraju Borowski Mendes (Foto: Diário dos Campos)

O início de 2011 será marcado pela troca de comando do 3.º Regimento de Carros de Combate (RCC). No dia 13 de janeiro, o Ten Cel Cav Piraju Borowski Mendes despede-se do aquartelamento para assumir posto na 5.ª Brigada de Cavalaria Blindada.

O Ten Cel Borowski assumiu o comando do regimento no dia 20 de setembro de 2008, na reativação do 3.º RCC em Ponta Grossa e impulsionou o desenvolvimento  do Forte Santana, hoje importante referência para o Exército  no Sul do Brasil.

Retrospectiva 2010




A Diretoria da AORPG divulgou hoje relatório com as atividades promovidas pela Associação ou nas quais seus membros estiveram presentes no ano de 2010.

O relatório pode ser visualizado clicando aqui ou pelo menu "Relatório de atividades" no site da associação.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Exército apreende fuzis em praça no Conjunto de Favelas do Alemão



Uma equipe do 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista do Exército Brasileiro apreendeu, nesta segunda-feira (27), seis fuzis no Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio. Segundo o batalhão, as armas foram encontradas na Praça do Terço, na Favela Nova Brasília e na localidade conhecida como Areal.
Ainda de acordo com o batalhão, o material foi encaminhado para a área dos reservatórios da Nova Cedae, que fica próximo ao local. Ainda não há informações sobre presos.

Clique aqui e assista à reportagem completa.

Fonte: G1.com

Permanência em favelas põe em risco integridade das Forças Armadas

Soldados não estão preparados para tarefa requerida e há risco de corrupção, dizem especialistas; em 2008, militares foram acusados de entregar jovens a facção rival

02 de dezembro de 2010, 06h12

SÃO PAULO - A permanência de militares em favelas recém-ocupadas por policiais no Rio de Janeiro pode por em risco a integridade das Forças Armadas e a população dessas áreas, segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil. Na última terça-feira, o governador do Rio, Sérgio Cabral, pediu ao Ministério da Defesa que os militares atuem na segurança do Estado até outubro de 2011. O presidente Lula aceitou o pedido.
Segundo Cabral, a presença das tropas do Exército permitirá que a polícia se concentre no "trabalho de inteligência", até que sejam formados policiais para atuar em Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) a serem instaladas no Complexo do Alemão e na favela de Vila Cruzeiro. Os analistas, no entanto, avaliam que os militares não estão preparados para realizar as atividades de policiamento requeridas pela missão.
"Essas ações têm que ser planejadas. O soldado é treinado para matar, e não para o policiamento", diz Michel Misse, sociólogo e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo Misse, tampouco havia justificativas para o emprego de militares nas operações policiais nos morros. "Esse é um caso de criminalidade, não de guerra nem de terrorismo. Houve confronto (nas incursões policiais)? Não, o que se viu foram fugas em massa."
Risco de contaminação. Para Jorge Zaverucha, coordenador do Núcleo de Estudos de Instituições Coercitivas da Universidade Federal de Pernambuco (Ufpe), há chances de que as tropas sejam corrompidas pelo tráfico, como ocorreu no morro da Providência, em 2008.
Na ocasião, 11 militares que cuidavam da segurança de uma obra do governo federal detiveram e entregaram três jovens pertencentes a uma facção criminosa a um grupo rival - os jovens foram mortos, e os soldados acabaram presos. Não foi a primeira vez que as Forças Armadas atuaram na cidade: na Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente, em 1992, e numa megaoperação contra traficantes de drogas, em 1994, elas já haviam auxiliado forças policiais.
Zaverucha diz que, desta vez, os riscos podem ser ainda maiores, já que nunca o Exército brasileiro permaneceu tanto tempo desempenhando atividades de policiamento em favelas. "Quando a polícia é corrompida, ela pode ser substituída pelo Exército. Mas se o Exército se corromper, quem vai substituí-lo?" 
O professor afirma, no entanto, que muitos soldados brasileiros hoje estão "mais adestrados" por terem atuado no Haiti, onde o Brasil chefia uma missão da ONU para a estabilização país - a maioria dos soldados que têm participado das operações no Rio já passou pelo país caribenho.
Ainda assim, alerta que "uma coisa é estar numa missão com regras de engajamento da ONU, outra uma missão no Rio, com regras de engajamento diferentes". Ele acredita que também há chances de que os militares se desentendam com os policiais quanto às operações, já que os grupos respondem a instituições distintas. "Estamos brincando com fogo."
Recurso legal. Já o pesquisador Thomas Costa, da National Defense University, em Washington, considera que o emprego das Forças Armadas em situações emergenciais não é ilegal e pode ser útil. Ele diz que a prática ocorre no mundo todo e lembra quando os Estados Unidos enviaram militares para apoiar autoridades civis após o furacão Katrina assolar Nova Orleans, em 2005.
No Brasil, a lei 117/ 2004 possibilita o uso de militares quando o governo federal ou estadual reconhecer que as forças policiais são "indisponíveis, inexistentes ou insuficientes". A legislação determina que a intervenção ocorra por tempo limitado e em área previamente estabelecida.
Costa alerta, porém, quanto à necessidade de que as tropas sejam trocadas de tempos em tempos, para evitar a contaminação pelo tráfico, e quanto ao custo da manutenção dos soldados, provavelmente não previsto. "Não será surpresa se, num determinado momento, o Exército apresentar a conta ao governo, e este tenha de ir ao Congresso pedir verbas."
Problema mundial. O pesquisador diz, contudo, que os conflitos no Rio não serão resolvidos pelos militares e compara a situação na cidade à de outras metrópoles do mundo subdesenvolvido, como Karachi (Paquistão), Johanesburgo (África do Sul), Kandahar (Afeganistão) e Lagos (Nigéria).
Segundo ele, nas últimas décadas, todas essas cidades tiveram grande crescimento populacional e sofreram um processo de fragmentação, abastecido por desigualdades sociais, disputas entre criminosos ou rixas étnicas e religiosas.
Embora o Rio não sofra com os dois últimos componentes, diz Costa, a cidade está longe de pôr fim aos outros fatores de divisões e deve continuar a vivenciar episódios de intensa violência. "A tomada do Complexo do Alemão não muda o problema, mas sim o transforma. Outros espaços serão preenchidos pelos traficantes", diz.
"Ainda não se sabe como as autoridades locais conseguirão controlar politicamente essas divisões dentro da área urbana. É um problema global, de um mundo novo."
Fonte: Estadão em 28/12/2010.

Coronel da PM: Exército não pode fugir da luta

04.12.2010, 
12h26m


Manchete de ontem do GLOBO trouxe à tona a reação dos chefes militares contra a permanência das Forças Armadas nas operações do Complexo do Alemão pelo período de sete meses, como quer o governador Sérgio Cabral. Os militares temem que seus liderados se contaminem com a corrupção policial e também sejam alvos de retaliação de criminosos porque moram em áreas pobres do Rio. A partir desses fatos, o coronel Milton Corrêa da Costa, eventual colaborador deste blog, faz uma análise que merece sua consideração. Em outras palavras ele diz que essa é a hora em que o Exército precisa mostra que "o filho teu não foge à luta".

 EXÉRCITO PRECISA IR ATÉ O FIM 

Por Milton Corrêa da Costa, especial para o blog Repórter de Crime

É bom ficar claro que a participação do Exército Brasileiro na guerra do Rio atende a preceito constitucional. A força terrestre não está fazendo nenhum favor à sociedade. Está apenas cumprindo um dever. Osso duro ninguém quer roer. De fato é bem mais cômodo permanecer intra-muros, sem grandes riscos, preparando-se para uma guerra de remotas possibilidades. Contra a missão de paz no Haiti- esta não é a missão constitucional precípua do Exército- não vi ninguém se insurgir até hoje. Registre-se que missões de militares no exterior rendem diárias de indenização extras. Ademais, uma das missões constitucionais estabelecidas para as FFAA, no Art. 142 da Constituição Federal, é a garantia da lei e da ordem. Portanto, o Éxército está cumprindo a sua missão constitucional que não pode ter tempo determinado para ter fim. E deve estar preparado para tal mister. A missão de garantia da lei e da ordem é um conceito de amplo espectro portanto inclui também, quando for necessário, operações tipo polícia, objetivando tal garantia. O argumento de que o Exército não tem missão de polícia é, pois, inconsistente.
Ressalte-se ainda que muitos policiais militares também moram em área de risco. Um deles, ainda recruta, se formaria brevemente, foi morto dias atrás, numa invasão ao Morro do Dezoito por traficantes ao ser reconhecido em sua residência, como policial. O rapaz foi torturado antes de morrer tendo o corpo arrastado em via pública e executado por tiros de fuzil. A família está traumatizada para sempre. O policial era estudante de direito. Familiares presenciaram a barbaridade. Ressalte-se que no início desta semana um Major do Exército foi brutalmente assassinado durante uma assalto, por um menor (inimputável), no bairro de Vila Valqueire, no Rio. O oficial foi morto após ser identificado fardado dentro do seu veículo. Ou seja, numa ambiência de guerra como a do Rio todos nós corremos riscos. Não custa lembrar que enquanto no Haiti há mínimos registros do número de militares brasileiros mortos naquela missão, aqui no Rio morrem, em média, 100 policiais por ano, cerca de 30% em ação de defesa da sociedade, outros, de folga, são executados sumariamente por marginais da lei ao serem identificados em via pública durante ocorrências de assaltos.
A corrupção e a contaminação também podem estar dentro de qualquer força e em qualquer escalão. O Instituto Militar de Engenharia ( IME), há pouco tempo, foi alvo de um escândalo por corrupção tornado público, envolvendo oficiais superiores com licitações inexplicáveis. A população precisa neste momento, mais do que nunca, do glorioso Exército Brasileiro e não pode abrir mão de sua ajuda. O tempo que for necessário para garantia da lei e da ordem Se o Exército pode se dispor a atender à ONU em missões de paz no exterior, por que não em seu próprio país contra narcoterroristas, de posse de arsenais de guerra, que ameaçam a vida e a dignidade humanas? Não custa lembrar que o narcoterrorismo é uma grave ameaça à segurança nacional. É preciso, portanto, que todos, sem melindres, dêem neste momento a sua contribuição ao governo estadual na luta contra o crime. O preço da liberdade, contra o narcoterrorismo, é a eterna vigilância.

Milton Corrêa da Costa é Coronel da PM do Rio na reserva


P.S. A missão constitucional da Polícia Militar é a polícia ostensiva e preservação da ordem pública. Garantia da lei e da ordem, a pedido de qualquer de um dos três poderes- por decisão do executivo federal no caso- constitui missão das Forças Armadas, como previsto no Artigo 142 da C.Federal. É bom lembrar ainda que não há relação de subordinação de tropas federais ao governo do estado na presente operação. Há apenas cooperação coordenada, nas áreas de inteligência, planejamento e execução. As Forças Armadas cumprem nesta missão o que for determinado pela diretriz do Ministério da Defesa. Finalmente há que se considerar que o governo federal não interveio no Rio, em razão da grave perturbação da ordem pública- que poderia ter feito conforme o Art.34 inciso III da C. Federal- preferindo fazer uso do disposto no Artigo 142 do CTB, na missão de garantia da lei e da ordem, que deve ocorrer no tempo que for necessário até que as forças estaduais estejam novamente reestruturadas para a normalidade da missão da segurança pública. A presença da FFAA no Rio se deu porque a capacidade operativa das forças estaduais esgotou-se ante ao momento de grave perturbação da ordem pública.
Fonte: O Globo em 28/12/2010.

Cinema: Haiti revisitado

Um dos acontecimentos mais marcantes de 2010 foi a série de terremotos no Haiti, que vitimou cerca de 200 mil pessoas e destruiu praticamente toda a capital Porto Príncipe. Quase um ano depois - a catástrofe ocorreu em 12 de janeiro de 2010 - o historiador e cineasta Cleonildo Cruz viajará ao país para mostrar a realidade do país em documentário. Já está tudo certo para a partida nas primeiras semanas de janeiro. Com apoio do Ministério da Defesa e do Exército Brasileiro, a equipe de somente quatro pessoas embarca para o país caribenho, onde ficará durante uma semana nos acampamentos da missão de paz. Hoje, o diretor negocia em São Paulo apoio financeiro de uma construtora.

´Desde quando soube da situação lá, quis ir ao Haiti. Essa ideia ficou em stand-by e em setembro eu comecei a elaborar o pré-roteiro`, explica o diretor Cleonildo Cruz. Ideia na cabeça e projeto na mão, era a fase de pensar como o filme poderia ser viabilizado. ´Entrei em contato com o governo para falar da minha ideia de fazer o documentário, tomando como base a missão de paz da ONU, chefiada pelo Brasil`, esclarece. Apesar de ter opinião formada a favor da presença militar - especialmente a brasileira - para a reestruturação do país, ele garante que vai se manter imparcial, a fim de retratar os aspectos positivos e negativos encontrados. ´Não vai ser um documentário chapa branca`, defende.

Todos os trabalhos audiovisuais de Cleonildo têm ligação com sua formação em história. O primeiro curta-metragem, O replicar dos sinos (2006), abordava a história do Padre Vito Maracapillo. Pernambuco: o golpe (2007), explora a situação do estado durante o período da ditadura militar. O mais recente, Caixa de Pandora (2010), é baseado na operação de mesmo nome da Polícia Federal. (Luiza Maia)

Fonte: www.diariodepernambuco.com.br em 28/12/2010.

Foto da Semana


20 de Dezembro de 2010 - Foto da solenidade dos cumprimentos de Fim de Ano dos oficiais-generais ao Presidente Luiz Inácio. Da esquerda: Brig Juniti Saito, Gen Enzo Peri, Emb Samuel Pinheiro(SAE), Ministro Nelson Jobim, Pres Luiz Inácio, Gen Jorge Felix (GSI), Alm Moura Neto e Gen De Nardi (Estado-Maior Conjunto). A presidenta Dilma Roussef alterou a foto nas seguintes posições:SAE entra o político Moreira Franco e no GSI entra o Gen Elito Siqueira.

Fonte: Defesanet em 28/12/2010.

Mensagem de Fim de Ano do Comandante do Exército

General de Exército ENZO MARTINS PERI

Foi um privilégio vê-los em uma produtiva caminhada valorizada no solidário ombro a ombro, inteligentes e desprendidos, responsáveis e otimistas. Desprezando a rotina, encararam o novo, operosos e corajosos, em cada rincão do País, no litoral, no interior, nos campos, nas cidades, na faixa fronteiriça, na desafiadora floresta e, inclusive, nas missões no exterior, quando alguns dos nossos, verdadeiros heróis, doaram a própria vida no Haiti.

Cada oficial, praça e servidor civil, ao integrar a família verde-oliva, humilde e simples, disciplinado e honrado, vibrante e competente, manteve, com o Braço Forte e a Mão Amiga, o alto conceito de uma Instituição Nacional permanente reconhecida e respeitada por toda a sociedade brasileira, a que pertence e serve.

Continuemos implementando as modernidades necessárias à Força, conscientes de que somos, cada um, parcela de uma Soma cujo resultado é o bem e a soberana, livre e democrática Unidade do Brasil.

Comemoremos o Natal e o Ano Novo, conscientes de que a caserna é representante da Alma brasileira e, no desapego às comodidades e aos personalismos, estejamos dispostos e capacitados a construir, diuturnamente, o Exército do futuro, sempre prontos e devotados à missão.

Que os festejos robusteçam nossa fé no Deus Único e fortaleçam nossa convicção na eternidade da vida.

Para todos vocês muita paz, saúde e prosperidade, votos extensivos aos queridos familiares.

Feliz Natal! Feliz Ano Novo!

Brasília, DF, 23 de dezembro de 2010.

General de Exército ENZO MARTINS PERI
Comandante do Exército

Índios criam milícia paramilitar nas fronteiras com Peru e Colômbia

Paramilitares que não confiam no Exército nem na Polícia Federal assumem o controle de uma região isolada do país.




Em uma região isolada do país, nas fronteiras com o Peru e a Colômbia, drogas, alcoolismo, estupros nas comunidades indígenas. As imagens deprimentes e os problemas sérios das drogas e do álcool levaram os índios a formar sua própria polícia, uma verdadeira milícia paramilitar. 

Um índio cantor aparece embriagado, como acontece todos os dias na terra dos tikunas, terra que fica no extremo oeste da Amazônia. Estamos a mais de mil quilômetros de Manaus, em uma região conhecida como Alto Solimões. A fronteira entre Tabatinga, no Brasil, e Letícia, na Colômbia, é rota do tráfico de drogas e armas. 
Às margens estão as aldeias Tikuna. São mais de 20 vilas. É a mais numerosa nação indígena do Brasil. São índios que, próximos dos brancos, adotam práticas perigosas. 

Segundo eles, a bebida vem das cidades, mas eles que trazem. Na tribo também é vendida. Isso já foi comprovado várias vezes. 

Em um dos locais onde vende bebida dentro da comunidade indígena, a equipe de reportagem do Fantástico bate. Eles não saem, porque sabem que estão errados. Pela lei, é proibido vender qualquer tipo de bebida alcoólica em região indígena. 

Um índio não consegue nem responder. É menor de idade. Muitos deles não encontram o caminho de volta e saem sem equilíbrio, entrando no mato até cair no igarapé. 

Em cada comunidade, contingentes de 100, 150 e até 300 milicianos. Todos índios, com treinamento militar. Cada tropa tem o seu delegado e os instrutores. Um deles serviu ao Exército em Tabatinga como soldado. Lá ele é comandante. 

Repórter: No Exército, você usava arma. 
Comandante: Usava arma. Aqui não. Porque aqui é proibido. 
Repórter: Quais as armas que vocês usam? 
Comandante: Só o cassetete, aqui. Para defender o nosso povo. 

Na polícia indígena, prevalece a lei dos caciques. “É que nas comunidades acontecem muitas coisas que não agrada à comunidade. Como criminalidade, estupro, invasão da terra. Quando a gente denuncia para a Polícia Federal, eles só fazem escrever. Eles não vêm”, afirma o cacique Odácio Sosana Bastos. 

O antropólogo João Pacheco de Oliveira, do Museu Nacional no Rio de Janeiro, estudou o comportamento dos tikunas.“De certo modo apareceram grupos paramilitares em várias outras cidades tikunas e começaram a atuar de um modo talvez um pouco radical em relação às iniciativas da comunidade”, explica o antropólogo. 

Operação Pantera é o nome da cadeia, com um metro e meio de altura, da polícia indígena, que fica na comunidade de Belém dos Solimões. Na porta, algumas tábuas quebradas, porque os presos ficam chutando pela parte interna. 

“Quando está muito alterado, nós amarramos e jogamos aqui dentro. Quando ele não está alterado, soltamos e deixamos ele para outro dia. No outro dia, a gente tira o preso, leva para ali, chama o cacique, chama o pastor, chama o chefe do posto. Fazemos uma reunião, um julgamento. Faz mais ou menos uns três meses que não prendo ninguém. É que mandaram parar. O Ministério Público mandou parar, porque teve uma revolta”. 

Mas os caciques insistem que a polícia indígena precisa ter armas de fogo para ser respeitada. 

“Nosso povo é igual ao povo civilizado. Tem revólver, tem pistola, tem machado, e ataca com essas armas em cima de nós. E nós só com cassetete?”, indaga o cacique tikuna, Odácio Sosana Bastos. 

“Arma de fogo, não. Arma de fogo é proibido, a Legislação não permite. Os abusos que violem os direitos humanos, por exemplo, a aplicação de penas cruéis, de tortura e de morte. Isso o Ministério Público não pode permitir. A Constituição não permite” afirma Gisele Dias Bleggi, do Ministério Público. 

No flagrante de uma dessas prisões, o índio mais velho foi preso por embriaguez e desacato ao policial. Além de ficarem presos, a tradição de castigos físicos é muito forte. 

“Isso aqui é para aqueles que estão muito alterados. Usam a palmatória como castigo e para que a pessoa se acalme”. 

A tropa de índios é composta tanto por homens quanto por mulheres. Acompanhamos a soldado Saldanha até sua casa. O marido dela também é miliciano. Ela concilia as tarefas de dona de casa com as rondas policiais. Mas tem problema de alcoolismo na própria família. 

Repórter: São quantos filhos? 
Saldanha: Cinco. 
Repórter: Eles passaram a beber também? Seu filhos? 
Saldanha: Agora que a polícia está cuidando e ele não sai muito mais, não. Eu choro muito. 

Pelo serviço de policiamento, os índios querem receber do Estado. “Queremos que o Governo Federal nos reconheça com salário”, defende o cacique. 

“Um salarinho aí para cada policial. Porque todo policial tem filho”, destaca um deles. 

“A Polícia Federal não reconhece essa formação de polícia. A Polícia Federal tem como um grupo verdadeiramente de milícia, com raízes até paramilitar”, afirma Gustavo Henrique Pivoto João, delegado da Polícia Federal. 

Procurada pelo fantástico, a Fundação Nacional do Índio (Funai), órgão responsável pela política nacional em relação aos índios, se manifestou por meio de uma nota. Para a Funai, a criação da "polícia indígena" é ilegal. Quando verificada a ocorrência de crimes, a Funai aciona as forças policiais. 

“O problema da segurança nessas aldeias, dentro de uma região de fronteira ameaçada por narcotráfico, por corrupção, por muitas coisas dessa ordem”, aponta o antropólogo José Pacheco de Oliveira. 

“Há o temor de que esses índios acabem vindo a ser cooptados pelo tráfico de drogas, pelas organizações paramilitares de traficantes”, alerta o delegado da Polícia Federal, Gustavo Henrique Pivoto João.

Fonte: Globo.com/Fantastico, em 28/12/2010.

domingo, 5 de dezembro de 2010

AORPG participa da apresentação do Leopard 1 A1

Carro de Combate Leopard 1 A1 reforça a frota do 3.º RCC

No dia 01 de dezembro de 2010, o Comandante do 3º RCC, Ten Cel Piraju Borowski Mendes, realizou o tradicional “ENCONTRO COM A RESERVA”, nas dependências do Forte Santana. Desta vez, com um evento especial, que contou com a presença do Capitão Monteiro, do 3º RCC e da Guarnição do Carro de Combate LEOPARD A1.

O Capitão, em excelente instrução dirigida às Associações da Reserva de Ponta Grossa, apresentou as características do LEOPARD A1, recém chegado na Unidade, no pátio do FORTE SANTANA. A AORPG se fez presente neste importante momento para Ponta Grossa, em especial para a história do 3º RCC e confirma que o Exército está reconstruindo a sua arma blindada, como parte da estratégia denominada “Braço Forte”, prevista para consolidação da Forças blindadas no Sul do Brasil.


Em dezembro de 2006, o Exército Brasileiro adquiriu 250 VBC LEOPARD. Os  Leopard 1 A1 chegaram em 20 de novembro na cidade de Ponta Grossa, para o 3º RCC, num plano previsto de reestruturação, reforçando os Regimentos de Cavalaria Blindada (RCB). Como os sistemas mecânicos principais do Leopard1 A1 e do A5, que virão posteriormente, são idênticos (motor, transmissão, lagartas e redutores laterais), prevê-se que cada RCC tenha os LEOPARD A1 para instrução, de motoristas e mecânicos, com apoio permanente de empresas alemãs, para garantir a perenidade das operações de blindados pelo Exército Brasileiro.



AORPG encerra CIRCUITO de NATAÇÃO 2010 em Foz do Iguaçu

José Paulo Lima da Silva e Reinaldo Mayer representaram a AORPG em Foz do Iguaçu

No último dia 20 de novembro, a Associação de Oficiais da Reserva R/2 do Exército, de Ponta Grossa (AORPG) participou da 4ª e última etapa do Paranaense de Natação Máster, em Foz do Iguaçu, realizada no Parque Aquático Costa Cavalcanti, com conquistas de medalhas de ouro, prata e bronze para os seus representantes.

O destaque foi a FESTA de ENCERRAMENTO, que aconteceu em jantar comemorativo. A ponta-grossense Bruna Roberta Mayer foi premiada como CAMPEÃ paranaense na categoria 25+, com 6 medalhas de ouro nas 8 possíveis dentro da competição, inclusive com o recorde anual nos 50m Borboleta. A AORPG participou das quatro etapas ( Londrina, Maringá, Curitiba e Foz do Iguaçu) e sua participação no circuito paranaense foi mais uma vez elogiada pela Associação Masters Paraná de Natação.

O Vice-Presidente da AORPG, Reinaldo Mayer, coordenador da Natação, agradece a colaboração dos amigos nadadores José Paulo Lima da Silva, Hélio Amilton Jeczmionski, André Luis Moreira de Carvalho, Ricardo Czelusniak da Silva e Francisco Fanucchi Neto, pela colaboração intensa que têm tido com a Associação, participando, com seus próprios recursos, das diversas etapas no Paraná. Foi um feliz ano para a AORPG na natação Paranaense!