quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Exército Brasileiro se prepara para ciberguerra

Por Ricardo Zeef Berezin, do IDG Now!
Publicada em 16 de setembro de 2010 às 20h30





O Exército brasileiro e a Panda Security anunciaram na quinta-feira (16/9) um acordo de cooperação na área de segurança digital. A empresa fornecerá 37,5 mil licenças de seu software à instituição, além do treinamento necessário para o bom uso da solução, desenvolvida para o setor corporativo. A parceria tem duração de dois anos e custará 292 mil reais.

Segundo o general Antonino dos Santos Guerra Neto, comandante do Centro de Comunicação e Guerra Eletrônica do Exército (CCOMGEX), a instituição possui 60 mil computadores, distribuídos por todo o território nacional, e 12 centros telemáticos que sofrem, cada um, mais de cem tentativas de invasão por dia. Ele afirma que, por enquanto, os ataques não causaram prejuízos - no máximo, provocaram certas situações desconfortáveis que foram rapidamente solucionadas.

Ciberguerra
Com a parceria, o Exército quer, segundo o general, “proteger o existente e se preparar para uma situação crítica”. O existente seriam as pragas virtuais que atingem qualquer empresa de grande porte; ao falar de situação crítica, por outro lado, se refere a ciberguerra, algo que já ocorre, mas que deve se agravar nos próximos anos.

Ciberguerra é o termo utilizado para as batalhas no terreno da Internet, os ataques que Estados ou grupos poderiam organizar contra os sistemas de informação de outras nações. Considerando que quase todos os serviços nacionais são administrados digitalmente, ao derrubar a plataforma que os controla, é possível cortar as comunicações de um país, interferir em sua rede elétrica ou mesmo obter dados sensíveis e confidenciais.

Em 2008, por exemplo, nos conflitos entre Geórgia e Ossétia do Sul, a primeira acusou a Rússia de tal crime. Já em 2009, um relatório apontou que a China estaria usando a rede mundial de computadores para espionar os Estados Unidos, e, neste mesmo ano, a McAfee divulgou estudo que destaca a tendência de ataques virtuais com motivações políticas.

Guerra Neto sugeriu até que os países estão se armando para essa nova era em que os conflitos extrapolam os limites físicos - a guerra digital. Exibiriam, assim, as técnicas avançadas que dominam, a fim de inibir invasões a seus sistemas.

Contrato
No ano passado o Exército gastou 12 milhões de reais para proteger a sua rede. Neste novo contrato, de dois anos, esperava um custo de 20 milhões, mas foi surpreendido com a proposta da Panda Security: 292 mil reais por 37,5 mil licenças, valor 70 vezes menor que o esperado.

O diretor-executivo da empresa no Brasil, Eduardo D´Antona, explicou que a matriz espanhola insistiu que a unidade brasileira conseguisse o contrato, mas salienta que não houve dumping (vender serviço por preço abaixo de seu valor justo). “A diferença de preço entre o que foi oferecido por nós e o terceiro colocado na licitação foi de 10%”, afirmou.

A intenção da Panda com o contrato é aumentar sua presença tanto na rede governamental quanto nos computadores do setor corporativo, além de, com a parceria, adequar sua solução ao que o mercado brasileiro - o que mais cresce na América Latina - precisa.

De acordo com o CEO da Panda, Juan Santana, os laboratórios da companhia analisam 55 mil novas pragas virtuais por dia, sendo que Brasil é o quarto país que mais os produz e o primeiro nos que roubam dados bancários.

Clipping de IDG Now!

domingo, 12 de setembro de 2010

CIGS forma primeiras mulheres "guerreiras de selva"

Sgt Xavier e Sgt Lidiana, as primeiras "guerreiras de selva" do CIGS


O curso de Guerra na Selva, ministrado pelo Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), é um dos mais rigorosos do Exército Brasileiro. A sua missão é "especializar militares para o combate na selva, realizando pesquisas e experimentações doutrinárias para defesa e proteção da Amazônia".

Para conquistar o brevê da cara da onça, símbolo que identifica o Guerreiro de Selva, os "guerras", como são chamados os alunos do curso, precisam passar por seis semanas de muita ralação, dormindo somente três horas por dia e carregando 30 Kg nas costas em plena Floresta Amazônica.

Dos 70 alunos que iniciaram o curso, apenas 47 resistiram. Entre os alunos estão duas mulheres: as sargentos Xavier e Lidiana. Esta foi a primeira vez que o Exército permitiu a participação de mulheres no curso.

Segundo o Ten Cel  Montenegro, chefe da Divisão de Ensino  do CIGS, o Curso de Guerra na Selva, "não é um curso para mulheres, é um curso em que as mulheres ganharam o direito de participar também". O coordenador do curso, Maj Carlos César Brasil, diz que todos são tratados com igualdade. "Não existe diferença. Guerra na Selva é um só. Se ela quer ter o brevê da cara da onça, vai ter que fazer tudo que o segmento masculino faz", afirma o major.

Clique aqui para assistir a reportagem completa, exibida no Esporte Espetacular deste domingo.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

AORPG participa do Sete de Setembro em Ponta Grossa

No destaque, delegação da AORPG presente no desfile do Dia da Independência

A Associação dos Oficiais da Reserva de Ponta Grossa participou nesta terça-feira do desfile em comemoração aos 188 anos da Independência do Brasil, ao lado de outras representações civis e militares.

Clique aqui para ver outras fotos do desfile.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Dia da Pátria


O Grito do Ipiranga, de Pedro Américo

Povo heroico! O sol da liberdade brilhou no céu da pátria. Brasil, de amor eterno, és pátria amada, és mãe gentil, és sonho intenso, és belo e forte. Teu futuro espelha essa grandeza. Verás que um filho teu não foge à luta. Paz no futuro, glória no passado. Com estas frases do Hino Nacional, outra vez fazemos nossa declaração de amor ao nosso querido Brasil.

No dia 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga, o Imperador D. Pedro I proclamou a independência do Brasil, oficializando a separação com Portugal. O reconhecimento da independência brasileira se fez com o Tratado de Paz e Aliança, assinado entre Portugal e Brasil.

A nação brasileira foi construída com o trabalho dos escravos negros, com o sangue dos indígenas, com a defesa das fronteiras pelos soldados brasileiros, com a realidade multi-étnica das imigrações, com a pujança dos recursos naturais e da extensão territorial, com os intelectuais e os trabalhadores braçais, com as instituições que se fortaleceram no tempo da nação, com os poderes que se constituíram, com a formação do Estado de Direito, com a ação política e o desenvolvimento econômico, com a afirmação da cultura brasileira e da identidade nacional, com a luta dos heróis e os percalços das vítimas, com o sacrifício e o esforço das gerações passadas.

O conceito de pátria traz implícita a ideia de unidade. Longa foi a discussão e longos os impasses para se chegar à unidade federativa. A solidariedade orgânica, assegurada pelo Estado-Nação, cimentou a unidade entre os cidadãos brasileiros. Por isso, os símbolos nacionais são, também, o retrato do Brasil, de nossa terra e de nossa gente. A bandeira, o hino nacional, o brasão devem ser tratados com respeito. Mais que nos tempos da copa do mundo, o patriotismo verde-amarelo precisa ser um empenho educativo e social.

Os símbolos têm uma linguagem própria, remetem aos valores, apontam para a direção a seguir. Por isso, não podem ser desconsiderados ou ignorados.

A independência do Brasil não foi apenas um gesto heroico do passado. Ainda há muito para construir nessa nação inconclusa. Revoltados com os impostos, os brasileiros do século 19 se rebelaram contra Portugal. Entretanto, ainda hoje, somos o país que mais paga impostos, e trabalhamos durante cinco meses do ano exclusivamente para pagá-los. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, o consumidor brasileiro gasta 40,54% de seu rendimento bruto com o pagamento de impostos, taxas e contribuições aos governos federal, estaduais e municipais.

A afirmação de uma nação se faz com a identificação de seus cidadãos e com o direito de cidadania aos imigrantes que nela se fixaram. Entretanto, milhares de jovens e de famílias brasileiras viram-se forçados a trabalhar, a estudar e a morar em outros países porque sua pátria não foi mãe gentil. Outros, ainda, foram vítimas do tráfico humano que os exportou para a prostituição. É preciso, sempre mais, que o Brasil seja um país para todos os brasileiros.

A afirmação na nação, por outro lado, não pode caminhar para os nacionalismos fechados e indiferentes ao mundo. Uma verdadeira nação, com plena identidade e consciência de si, também é solidária à “pátria grande”. Não há fronteiras para a fome e para o tráfico de drogas. Também não devem existir fronteiras para a solidariedade e a dignidade humana. Na semana da pátria, seria importante nos lembrarmos também dos expatriados, dos refugiados que procuram asilo. Refugiados são as pessoas deslocadas, à força, por conflitos, perseguições e catástrofes naturais. Segundo o relatório elaborado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, o Acnur, em 2009 foi mais de 43 milhões de pessoas foram deslocadas à força em todo o mundo, o maior número registrado por conflitos e perseguições.

A conquista brasileira da independência não é apenas um feito memorável do passado. Acima de tudo, é uma luta de cada dia a ser empreendida também pela nossa geração, com o mesmo heroísmo e coragem das gerações que nos antecederam. Por isso, a Semana da Pátria não deve ser tratada com leviandade ou como alguns dias de feriado descompromissado. A comemoração da Pátria deve despertar a consciência do povo sobre sua pertença ao Brasil. E, outra vez, reiterar que esse patrimônio territorial, cultural e social pertence a todos os brasileiros.

Wolmir Therezio Amado

Publicado no blog Metendo o Bico, em 06/09/2010.



video
Hino da Independência, letra de Evaristo Ferreira da Veiga, música de Dom Pedro I, interpretado por Eliezer Setton (CD "Hinos à paisana").

sábado, 4 de setembro de 2010

Secretária de Estado dos EUA parabeniza Brasil pelo Dia da Independência

A Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, gravou uma vídeomensagem na qual parabeniza o Brasil pelos 188 anos de sua independência, que serão comemorados na próxima terça-feira.

Na mensagem, ela destaca que o Brasil ganhou reconhecimento regional e internacional pela sua liderança em assuntos como mudanças climáticas, energia limpa, segurança alimentar e igualdade de renda, inclusão social e educação.

Falando sobre as proximidade das eleições, Hillary afirma que esta é "uma oportunidade para demonstrar novamente que o respeito à governança democrática, aos direitos civis e às liberdades individuais é o caminho mais certo rumo à prosperidade".

Confira o vídeo: