sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Militares atuando no Rio são paraquedistas com experiência no Haiti

Unidade de pronto-emprego do Exército, tropa de elite da Força é composta por soldados profissionais com prática de combate real

Raphael Gomide, iG Rio de Janeiro | 26/11/2010 17:15

Os 780 militares da Brigada de Infantaria Paraquedista que passaram a ser empregados esta tarde no entorno do Complexo do Alemão são soldados profissionais, não recrutas, com experiência em situações de combate real.

De acordo com o comandante militar do Leste, general-de-exército Adriano Pereira Júnior, cerca de 60% deles participaram da Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti) e têm prática em operações do gênero.

“A proposta é fazermos segurança de perímetro [no Complexo do Alemão], dando à população tranqüilidade de se deslocar. Eles estão usando armas, para serem usadas se necessário. É uma força de militares bastante experientes e bem orientados. Se tiver de haver confronto, estaremos prontos.”

A Brigada de Infantaria Paraquedista é uma unidade operacional de pronto-emprego do Exército. Os soldados são considerados uma tropa de elite da Força, mais adestrados, e tem como marca a cor de seus coturnos, marrons, em oposição ao militar chamado “pé preto”.

No Haiti, os soldados das Forças de Paz da ONU (Organizações das Nações Unidas) atuam sob “regras de engajamento” que só autorizam o uso de força proporcional e em resposta a ataque. É uma situação bastante semelhante à que os paraquedistas devem enfrentar no Rio, no Complexo do Alemão. Os militares não podem, por exemplo, usar granadas, bombas, foguetes nem munição superior ao calibre 7.62mm, do fuzil usado pelo Exército. Metralhadoras calibre .30 e .50, por exemplo, não podem ser usados.

Segundo o general Adriano, a tropa está indo para “a área de conflito”. “Se formos atacados, não há como não responder. Se tiver que haver confronto, infelizmente, vamos partir para isso", afirmou o general.

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